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18/05/2011

A retirada dos caiapós da mata

Está completando 107 anos a Festa de São Benedito e ontem, 11 de maio, aconteceu mais uma cerimônia da Retirada dos Caiapós da Mata. Estavam presentes 5 ternos de Congos e 2 grupos de Caiapós, cercados por centenas de pessoas que acompanhavam atentas a cerimônia.

Segundo a jornalista Jesuane Salvador, no seu texto "A Congada pede passagem” extraída da Revista LA CREME, no Terno de São Benedito, o mais antigo da cidade, ocorre a Embaixada, auto que encena a luta entre mouros e cristãos representados pelo rei Carlos Magno e os Doze Pares de França - os melhores espadachins daquele reino.
Instrumentos de sopro, pandeiros, violões, cavacos, banjos, sanfonas, surdos e as caixas marcam presença. A musicalidade é característica forte no terno de Nossa Senhora do Rosário. Os tambores mais graves garantem o som predominante e as caixas são usadas para o contraponto rítmico da base percussiva.
A congada mirim de Santa Ifigênia traz os filhos, netos ou bisnetos dos congadeiros. Os congos de Nossa Senhora do Carmo são responsáveis por um cortejo elegante realizado por gente como o Senhor Altamiro, Elaine, Jeferson, Paulo e todos os que me receberam e ensinaram inúmeras canções.
Trazendo espada sinuosa, a expressiva capitã do terno de São Jerônimo e Santa Bárbara aparece seguida das filhas e filhos-de-santo, com vestes rituais e coloridas guias nos pescoços. Ela “é Orlanda da Conceição e se define como “capitã-mulher”, coisa que não se acha fácil”.
Os congos chegam acompanhados de dois grupos de caiapós, dos bairros São José e Vila Cruz. Os "índios" trazem rostos e corpos pintados e ostentam grandes cocares. Dançam em coreografia de guerra. Não cantam e não falam porque os índios não falavam a língua dos colonizadores. Entre seus rituais peculiares está a cerimônia do mel, a retirada dos caiapós do mato e a tradicional perseguição para o resgate da bugrinha.
Um homem de vestes coloridas sapateia, fazendo ressoar os chocalhos presos ao tornozelo direito: é o Moçambique. O tempo levou consigo os companheiros e apenas ele representa a dança que, há um século, acompanhava, em dezenas de bailantes, a procissão.
Há tanta riqueza de detalhes, de cores e de universos dentro de universos em cada um dos grupos... Vale sentir, ver e acompanhar. Difícil é não ficar perplexo diante de tanta música, história e, sobretudo, da força da palavra “povo”. Talvez não haja definição mais perfeita para os dias que marcam a primeira quinzena de maio em Poços de Caldas senão a de um congadeiro. “Pra falar da congada não adianta só oiá as fitas que alvoroça do povo dançando... Quem quiser saber da congada tem que, primeiro de tudo, saber da angústia dos negros, dos sofrimentos dos índios e da fé que enche o coração... O congo tá na nossa alma. Nóis somo o povo e a fé do povo não carece de muita palavra!”


Histórias sobre Festa de São Benedito, Congadas e Caiapós

Conversa do “Mestre Bucha” com os alunos do 4º e 5º anos da Escola Municipal Alvino Hosken de Oliveira).


A Escola Municipal Alvino Hosken de Oliveira recebeu no dia 03 de maio de 2011 a visita do Embaixador de Congo do Terno de Congo São Benedito, “Mestre Bucha”, como é conhecido, para fazer uma palestra sobre a Congada, para os alunos do 4º e 5º anos. O objetivo da palestra é a coleta de materiais para a realização do Projeto Cultura Popular 2011, uma realização das Bibliotecas Públicas Municipais de Poços de Caldas em parceria com algumas Escolas Municipais.

Foi feita uma explanação sobre a evolução da congada em Poços de Caldas, vestimentas e sobre o preconceito sofrido pelos escravos e índios na época, o que ocasionou uma união maior entre eles.
Uma das curiosidades das crianças é a respeito da participação da “Bugrinha” nos grupos de Caiapós.  Segundo o Mestre Bucha a bugrinha representa o “Curumim” (criança indígena) que era retirada de sua tribo pelos brancos para ajudar nos trabalhos domésticos. Ele aproveitou para ensinar o bailado dos congos e dos caiapós para os alunos.
No final da palestra ele deixou para a Biblioteca Professor Júlio Bonazzi material para pesquisa como: fotos e textos, o que poderá ser usado pela comunidade em geral.

17/05/2011

Caiapós e Congada


Aconteceu no Bairro Santa Rita, mediações da Biblioteca Municipal Prof. Júlio Bonazzi e da “Fonte Monjolinho”, uma grande manifestação folclórica com a concentração dos grupos de Caipós e Congada do Terno Nossa Senhora do Carmo, no dia 12 de maio véspera da grande festa de São Benedito. Vejam as fotos.













09/05/2011

CAIC na Festa de Santa Cruz

No dia 03 de maio de 2011, estiveram presentes na Igreja de Santa Cruz o vice-diretor do CAIC Professor Ferreira Pinto, José Reinaldo de Freitas e o professor de Matemática Diego dos Reis Nogueira para registrarem, através de fotos e filmagem, a cerimônia  de benção dos mastros feita pelo  Frei do Santuário de N. S. de Fátima. 
Todo o material, registrado por eles, será utilizado pelos alunos do CAIC que estão participando do Projeto Cultura Popular.
Parabéns à iniciativa e a participação.

05/05/2011

Capela de Santa Cruz

Poços de Caldas, seguindo a tradição mineira, construiu sua primeira capela de Santa Cruz no morro do Itororó (porém não se tem a data da sua construção) conforme registro no Livro do Tombo da Paróquia de N. S. da Saúde (pag. 3-4), porém a capela foi demolida na década de 1920.
Em 1895, foi edificada uma nova Capela de Santa Cruz no alto do morro fronteiriço à Praça Senador Godoy (atual Pedro Sanches), morro este que recebeu o nome daquela evocação até ser construído sobre ele o Santuário de N. S. de Fátima.
Iniciou-se então com grande pompa a festa de Santa Cruz precedida de um tríduo, de 19 de abril a 3 de maio, quando era celebrada a missa seguida de solene procissão.
Após a construção da Igreja de São Benedito, a tradicional procissão de Santa Cruz descia pela Rua do Vai-e-Volta (atual Barão do Campo Místico) enfeitada com bandeirolas, parava defronte a residência do Dr. Mário Mourão, na Rua Junqueiras, onde a ela se incorporava a imagem de N. S. do Rosário, seguindo pela Praça Pedro Sanches, Av. Francisco Salles, Rua Santa Catarina, de onde subia pela Rua Rio de Janeiro para o Santuário do Santo Negro, dando início à Festa de São Benedito.
Em 1985, a Capela foi tombada pelo Serviço do Patrimônio Histórico, Turístico e Artístico Municipal. Em 7 de novembro de 1987, a Capela de Santa Cruz foi entregue à comunidade totalmente remodelada e restaurada, sendo uma das relíquias históricas da estância.
Atualmente, os Ternos de Congos realizam o tradicional levantamento do mastro, com o início da procissão na Capela de Santa Cruz, onde recebem a benção de um frei franciscano (do Santuário de N. S. de Fátima). Cada Terno de Congo faz a sua reverência à Santa Cruz e todos juntos saem em procissão em direção à Igreja de São Benedito; passando pela Rua Barão do Campo Místico, Rua Junqueiras, Basílica de N. S. da Saúde (onde incorporam a imagem de N. S. do Rosário – após ser coroada durante a missa à procissão) e seguem pela Rua XV de Novembro, Rua Correa Neto e chegam à Igreja de São Benedito.


Megale, Nilza Botelho
Memórias Históricas de Poços de Caldas



 

03/05/2011

Jesus e os Reis Magos - História Bíblica


Lucas 2.2-20

Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, imperador romano que dominava toda a região, convocando a população do império para recensear-se. Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria.

Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
José (o carpinteiro) também subiu de Nazaré, na Galiléia, para a Judéia, à Belém, Cidade do antigo rei Davi, Por ser ele (José) da casa e família de Davi, a fim de alista-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, (280 dias) e ela (Maria) deu a luz ao primeiro filho (primogênito), enfaixou-o e o deitou numa manjedoura (cocho, comedouro para animais) porque não havia lugar para eles na hospedaria.

Havia naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite (3 turnos de 4 horas).

E um anjo do Senhor desceu onde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse:
- Não temais; eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura.
E subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:
- Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.
E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer.
Foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura.
E vendo-o divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino. Todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos pastores. Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração.

Voltaram então os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado.

A visita dos Magos – Mateus 2.2-12

Jesus, nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente (Ásia) a Jerusalém, e perguntavam:
- Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.

Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém. Então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas, indagava deles onde o Cristo nasceria.

Em Belém, respondiam eles. Porque assim está escrito por intermédio do profeta:
E, tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar meu povo, Israel.

Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera, e, enviando-os a Belém, disse-lhes: - Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino e quando o tiverdes encontrado avisai-me para eu também ir adorá-lo.

Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino.
E vendo a estrela, eles alegram-se com grande e intenso júbilo. (alegria). Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe.
Prostando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas.